quinta-feira, 27 de abril de 2017

PARTE II - As vezes a vida é muito mais que possamos acreditar, as vezes ela nos permite enfrentar nossos desafios mais que imaginamos sermos capazes.

Demitir pessoas para um gerente deveria ser a coisa mais comum. Só que Ânia sofreu intensamente só de pensar em ter que fazer isso, como acompanhamos na primeira parte da história.
Sem dúvida ela deixou o sentimento, a emoção falar mais alto e percebeu o transtorno que foi exercer uma decisão. Mas havia vencido o seu primeiro desafio, mesmo se sentido muito mal e ter sofrido antecipadamente com a situação. Sabia que precisava de ser ajudada, ou ao menos desconfiava.
Só que quando o assunto é empresas o que aconteceu ontem, já faz parte do passado e o hoje precisa acontecer. Em sua nova função por ser uma empresa pequena, ela precisava planejar, organizar e fazer com que os resultados melhorassem.
Contava com uma equipe de cinco pessoas diretamente ligada a ela e ao assumir a função foi informada que um colaborador estava com problema em se adequar ao perfil da empresa, mas que no momento ele era essencial nas atividades que executava, não tinha muita responsabilidade com horários e não costumava se dar bem com hierarquia. Claro que Ânia não pode deixar de pensar por que não mandou embora Ricardo e mantinha o Sr. Ariovaldo, mas sabia a resposta, ele era o designer gráfico da empresa e estava inteiramente ligado ao desenvolvimento de novos produtos que seriam lançados, o tornando assim uma peça chave ao negócio.
Com os dias, Ânia confirmou que Ricardo não obedecia ao horário, se comportava como se não tivesse que dar satisfação. Ela não podia deixar isso acontecer que podia interferir diretamente em dois pontos, sendo:
1) Todos os demais funcionários podiam usar Ricardo como referência e achar que todos podiam repetir o gesto;
2) Ele precisava cumprir regras, horários para que não houvesse diferença entre funcionários e que ela fosse respeitada como gerente.
Avaliou a situação, pensou e decidiu que era necessário o convidar para uma conversa, a fim de se esclarecer alguns pontos.
Seria uma simples conversa, clara e direta. Coisa rápida e prática, ao menos deveria ser. Para Ânia não era algo simples assim. Seu fantasma interno voltou a assombrar, sua insegurança, timidez, medo voltou a falar alto e ela simplesmente se sentiu travada, não conseguiu exercer qualquer reação referente a Ricardo. Não conseguiu tomar uma atitude se quer, ao contrário não conseguia olhar para ele.
Ânia voltou a sentir péssima, sua cabeça doía, sabia o que fazer, mas travava diante da situação. O que ela tinha? Precisava mudar. Era preciso que fosse ajudada. Mas, quem a poderia ajudar? Que caminho seguir, antes de ser a próxima a ser demitida?
Realmente ela precisava de ajuda.
Essa é a história de Ânia, vamos nos deparar com outras situações profissionais e pessoais que ela vai viver, mas talvez ela queira saber sua opinião, sua visão sobre a situação. O que está ocorrendo com Ânia? Você passou por algo parecido que ela? Conte-nos. Curta, comentem e compartilhem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário