segunda-feira, 13 de junho de 2011

Você acredita que o coaching seja uma ferramenta eficiente?


Eu sou completamente favorável a essa ferramenta. Coaching é uma relação de desenvolvimento, na qual coach e coachee estabelecem mudanças comportamentais necessárias, identificadas pela organização – que são acordadas entre coach, coachee e a empresa (incluindo o RH), capazes de melhorar a performance do coachee. Os resultados de melhoria de performance e ajuste de atitude devem ser observáveis a curto e a médio prazo. Ao término do contrato, que tem tempo e objetivos claros do que se deseja atingir, o coachee deve estar pronto para agir. Na minha opinião, o coach pode ser interno ou externo à empresa. O interno tem a vantagem de entender a cultura, o contexto. Por meio da dedicação do seu tempo a essa atividade, ele demonstra para a companhia que desenvolvimento humano é prioridade e que todos os líderes, desde que bem-intencionados e bem preparados, são capazes de fazê-lo. O programa ganha força quando a organização prestigia os líderes que se saem melhor como coaches. O coach não precisa ser um técnico na área do coachee, já que o foco não é técnico, e sim comportamental, e deve ser capaz de fazer perguntas mais do que de dar respostas. Eu tive excelentes experiências com coaches internos que foram muito bem preparados para esse papel, portanto, recomendo. Acredito que depois da capacitação como coach interno, o executivo se torna um chefe muito melhor. Não se pode confundir o coaching com o mentoring, que estabelece um diálogo de desenvolvimento entre um profissional sênior ou que ocupa uma alta posição na hierarquia e alguém mais júnior. Espera-se que o executivo transfira um pouco de sua experiência ou inspire o mentee. Aqui a reflexão é mais importante que a ação. Para quem está pensando em implantar um programa de coaching, eu apenas recomendaria verificar a qualificação dos coaches externos. Eu tive ótimas experiências com consultoras com formação em psicologia, certificadas em metodologias de coaching. Porém, também tenho encontrado muitas pessoas bem-intencionadas, mas mal preparadas para esta tarefa.”

Paula Traldi, Diretora de RH da Novartis

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