segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Angústia e desânimo na carreira: sinais de falta de rumo


Uma carreira que parecia sem sentido. Era essa a sensação que a gerente geral de RH Elaine Rodrigues, de 33 anos, tinha em relação ao trabalho que desenvolvia desde 1996. “Em algum momento, eu comecei a trabalhar triste, angustiada, sem paixão”, diz.
No ano passado, ela percebeu que estava patinando há anos na carreira. “Pensava ‘quero ser diretora’. Mas era algo vago. Não me preparava para isso. Eu me tornei muito boa em desenvolver material e repassar para outra pessoa apresentar. Eu tinha a habilidade, mas não a atitude.” Elaine procurou um coach, indicado por amigos, para se aprimorar, ter mais autonomia e aprender a fazer tudo por etapas, mesmo que levassem tempo.
O efeito foi muito maior do que o esperado. Primeiro, suas competências ficaram em evidência. Hoje, ela está sendo preparada para assumir um cargo de diretoria na empresa de material de construção em que atua. Descobriu um lado empreendedor e o talento de escritora (será coautora de dois livros a serem lançados em novembro e março). Segundo, conseguiu fazer um planejamento para que tudo aconteça.
“Em um ano estarei na diretoria de RH. Em dois anos, comprarei meu apartamento. Em cinco terei dinheiro suficiente para dar os primeiros passos da minha empresa de consultoria. Em uma década, essa minha empresa já estará consolidada”, diz Elaine, que lê essas e outras metas na tela do computador todos os dias e continua o acompanhamento com o coach.
A pergunta “será que quero isso para a minha vida daqui 15 anos?” se tornou constante para a consultora de projetos Valéria França, de 44 anos. Professora de educação física e fitness, começou a sentir um “vazio inexplicável, uma falta de plenitude.” Ela também buscou num curso de coaching como colocar de maneira clara quais são os valores e ações práticas que vão resultar naquilo que deseja.
“Percebi que muitas das decisões acabam baseadas no que os outros definem como sendo melhor, ‘correto’ ou mais fácil. Não queria mais ser pautada para ser bem-sucedida, pagando um preço que não me interessava”, diz. Sócia do marido numa academia de artes marciais, ela começa a estudar para ter um projeto próprio em cinco anos, voltado para crianças na área cultural.

Fonte: Seu bolso - Jornal da Tarde / Linkedin

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