sexta-feira, 1 de abril de 2011

"Coaching" ajuda a atingir metas.



RODRIGO GERHARDT
da Folha de S.Paulo


Desenvolver habilidades, concretizar objetivos e ter uma vida mais satisfatória. Além dos livros e da terapia, surge um profissional que promete ajudar as pessoas a atingirem suas metas na vida: o "personal coach".

Até então restrito ao mundo corporativo, o "coaching" (treinamento, em inglês), processo de desenvolvimento humano e profissional que ajuda executivos a gerenciarem melhor a carreira, chega à esfera pessoal com a promessa de uma opção mais rápida, pragmática e prazerosa à tradicional terapia. Especialistas em psicologia alertam, no entanto, para o modismo e cuidado na escolha do "coach".

Utilizando técnicas da neurolingüística, inteligência emocional e terapia cognitiva comportamental, o "coaching de vida", como foi batizada a nova vertente, pode ser aplicado para os mais diversos fins, desde parar de fumar até ajudar um homem a obter sucesso com uma mulher.

A diferença é que o foco não está no diagnóstico ou alívio de sintomas, mas no estabelecimento de metas e objetivos que devem ser atingidos em um prazo definido, ainda que os resultados não sejam garantidos. Por isso, quem utiliza o serviço é denominado cliente, não paciente.

No "coaching", o divã não existe. As sessões são feitas à base de muita conversa e podem custar entre R$ 80 a R$ 350 a hora. "Não são dadas soluções. É a própria pessoa que encontra suas respostas a partir das reflexões e ações que são levadas a tomar. Por isso, não é terapia, aconselhamento, treinamento, nem consultoria", explica Andréa Lages, autora de "Coaching com PNL -- O Guia Prático para Alcançar o Melhor em Você e em Outros"(ed. Qualitymark).

Há seis meses, a jornalista Paula Rigonatti, 31, concluiu o "coaching de vida" feito durante dois anos após assumir parte da empresa da família. "Descobri que eu era muito idealista, humanitária. Tinha dificuldade em dizer não às pessoas, não conseguia pechinchar. Aprendi a ser mais capitalista. Depois desse processo, até minha família me achou mais madura e segura", diz a agora empresária.

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